Sobre

Livro recomendado PNL2027

Já alguma vez gastaram as vossas últimas moedas num gelado e ele vos caiu ao chão? Já vos ofereceram uma prenda que já tinham e não puderam dizer nada? Já tiveram sarampo no dia do vosso aniversário? Já partilharam segredos com um melhor amigo e depois descobriram que ele já não era o vosso melhor amigo? Estes e outros infortúnios fazem parte do hilariante compêndio que é “Miséria”, um livro onde tanto miúdos como graúdos de boa memória se verão refletidos na difícil arte de ser criança, tantas vezes dissimulada por uma visão romantizada da infância, essa miserável e delico-doce ficção criada pelos adultos que não se apercebem o quão miseráveis as crianças se podem sentir.

Detalhes

AUTORES	Suzanne Heller
Formato	175X110mm
Páginas	92
ISBN	978-989-8166-41-8

AUTORES

Suzanne Heller publica “Miséria” aos 20 anos quando trabalhava como solicitadora em Nova Iorque. O sucesso deste pequeno livro abre-lhe as portas para a publicação de mais quatro títulos: “Mais miséria”, 1965 “A história de uma menina gorda”, 1966 “A miséria adora companhia”, 1967 e “Twee”, 1970. Na década de 80 muda-se para uma ilha ao largo da costa do Maine, onde se concentra na pintura a aguarela e óleo. O seu trabalho foi já exibido em Nova York, Boston e Maine. A suas últimas ilustrações podem ser vistas no livro da sua irmã “Aventuras de uma amante de comida italiana”, publicado em 2007. Continua a pintar enquanto desfruta da vida comunitária a 16 milhas da costa do Maine.

CRÍTICA

Quem atravessou de boa memória os idos anos 80, certamente recordar-se-á de ter visto autocolantes, T-Shirts e outros adereços em redor da frase “Amor é…”, onde um casal de crianças com pouca roupa ensinava o bê-á-bá da língua amorosa. Pois bem, três décadas depois, Suzanne Heller decidiu fazer o mesmo em relação à “Miséria” (bruáa, 2018), substituindo o lado meloso por um humor infantil algures entre o negro e o encantador, tudo para mostrar como as crianças, sem que disso os adultos se apercebam por estarem metidos no seu mundo chato, se sentem muitas vezes miseráveis. Querem um exemplo? “Miséria é quando corres para casa para ir à casa de banho e te sentas à pressa…e o teu irmão esteve lá antes de ti”. As ilustrações são a preto e branco, com os ditos miseráveis a serem escritos a branco num fundo laranja, tudo numa edição cozida à mão a que só se poderá dar cinco estrelas. Miséria será gostar de livros e não ter um exemplar desta edição na biblioteca lá de casa. Pedro Miguel Silva, Deus me Livro

A vida é muito mais fácil quando nos rimos dela. E é isso que Suzanne Heller nos mostra com este livro. É bom que os miúdos aprendam desde pequeninos a não se levarem demasiado a sério, mesmo quando pisam cocó e toda a gente fica a olhar, ou quando não há baloiços disponíveis para todos. Às vezes, tudo parece ser uma miséria, mas o mais sábio é procurar o lado divertido. Time Out Lisboa

Eis um livro honesto e simples que nos ajuda a lembrar que as crianças e os adolescentes têm o direito a estarem zangados, frustrados, tristes ou irritados com a vida. E que as razões para todos esses estados de humor podem ser tão patéticas quanto verdadeiras. Blogue O Palácio da Lua